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domingo, 20 de setembro de 2020

Resenha: Os Incríveis (2004)




    Poucos filmes foram mais vistos na minha casa durante a infância do que Os Incríveis (talvez apenas o Rei Leão). Mas depois vários anos desde que aquele velho DVD fora aposentado, e o filme tinha se tornado uma memória nostálgica distante, resolvi revisitar essa que uma das mais cultuadas obras da Pixar. E vendo hoje já adulto me trouxe algumas conclusões interessantes.




    Primeiramente, pode ser por um fator emocional, mas as piadas na versão dubladas (sim, eu ainda lembrava da maioria das Puch-lines na versão dublada) eram bem mais efetivas. Muito se deve à um dos melhores trabalhos de localização de alguma dublagem na época. Seja ao mudar o nome de Bob Parr, para Beto Pêra, ou nos ótimos cacoetes dos personagens figurantes. 



    Outro ponto que me chamou a atenção foi o nível da animação. Claro que comparada com as de hoje (mais de 15 anos depois), elas sofrem um pouco, mas elementos como a ambientação da vegetação e a física dos cabelos surpreendem mesmo para padrões atuais.

    E por fim o ponto que eu acredito ser o crucial para que Os Incríveis seja lembrado como um dos melhores do catálogo da Pixar é o ótimo roteiro de Brad Bird. Desenvolvendo a história de maneira inteligente e sutil, mesmo para padrões Pixar. Arrisco a dizer que funcionando melhor  hoje do que na época.



     Uma coisa me ocorreu enquanto eu escrevia esse texto. Os Incríveis é feito para que praticamente todas as pessoas se identifiquem com pelo menos um dos protagonistas. Seja o jovem garoto ansioso para experimentar as aventuras que só a idade pode lhe trazer; seja a jovem garota tímida e insegura de si mesma; ou para o adulto de meia idade com medo de que "o seu melhor já passou"; ou seja para o adulto com medo de perder a família.



    Os Incríveis fez parte da minha infância e desenvolvimento, assim como de milhares de outros jovens adultos. Ele vem de um tempo onde filmes de heróis eram novidade e o Brasil não tinha tomado de 7 da Alemanha, e trouxe consigo uma história que é simples, mas memorável. Única, porém extremamente pessoal. E principalmente honesta e divertida.








FCK NZS


quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Resenha: No Coração do Mar (2015)




  Todo mundo que sofre algum apreço por cinema acaba de tempos em tempos desenvolvendo uma certa neura por um ator ou diretor específico. E qual foi a minha surpresa quando eu li  na ficha técnica de No Coração do Mar meu maior nêmeses, meu maior adversário, meu cabrunco, meu arco-íris da meia-noite, meu arroz com passa estava presente. Ninguém menos que ele Ron Howard!!

    Meu mundo estava do avesso eu tinha assistido um filme do Rum Sabor Maçã Verde e havia gostado. Oque minha audiência irá pensar de mim??? (provavelmente nada) Sendo assim tomei uma decisão. Velho Ron não irá me vencer!!! Levantei da minha posição fetal. Vesti uma roupa (ao contrário), e estou aqui agora escrevendo esse parágrafo que irá terminar exatamente aaaaaaaaaaaaaaagora.

    Deixando a parte séria de lado No Coração do Lar me surpreendeu, é um ótimo filme, meio baseado em uma das histórias mais clássicas da literatura, e com um elenco estelar e supreendentemente efetivo. Conseguindo ser um grande sucesso de críticas (mas não tanto de público) na época do seu lançamento. 

    Narrativamente o longa tem uma abordagem interessante. Ele se inicia contando a história, por trás da história,  que mais tarde se popularizaria em Moby Pênis Dick, para um pouco mais tarde narrar as aventuras contadas. 


    Essa segunda parte de ação não parou de me surpreender.  A capacidade de colocar o espectador no meio do caos que é um navio baleeiro do século XIX. E a ambientação da natureza tropical foram ao meu ver é os principais pontos do filme. 


    No quesito atuações ele não deixa a desejar. Chris Hemsworth convence bem como marinheiro, embora algumas vezes ele se esqueça, e acabe mesclando um Thor com baleeiro. E Tom Holland faz oque faz de melhor, interpreta uma criança de 15 anos no meio de adultos.


    No geral No Coração do Mar foi uma clara tentativa do Ron Howard de amolecer meu nobre coraçãozinho. E por mais que eu não ouse repetir tais palavras em voz alta Ron Howard fez um ótimo filme de uma ótima história. Parabéns RH. Mmas eu não perdoo por  aquelas frases feitas. Aquilo é passar dos limites!!!







Nota: 8.7


O segredo de amar é amar sem medidas


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Resenha: Circle (2015)

    Achou que eu não ia voltar??? Eu também Achou errado otário!!



    Há muito tempo atrás eu escrevi de maneira vergonhosa a resenha de um filme chamado Cubo. Um filme que apesar de seus problemas estruturais se propôe a colocar um grupo de desconhecidos em uma situação onde terão que fazer escolhas, muitas vezes letais. Se isso soou familiar é porque o plot de Cubo foi ou não o precursor de um gênero que mais tarde viria a ser popularizar com a série Jogos Mortais. 



    Mas onde entra Circle nessa história? Circle é de 2015, bem depois do auge deste sub-gênero. Ele bebe da influência de cubo, e em diversos aspectos melhora a formula apresentada em 1997. O filme não perde tempo com cenas de ação mirabolantes, e obta por se focar totalmente nas relações entre os personagens. Sendo esse seu grande mérito e ao mesmo tempo o maior defeito.



    Por mais que tenha um orçamento mais enxuto, não se pode dizer que o longa não é voluntarioso. Durante a primeira hora do filme temos uma quantidade quase abjeta de micro-plots, onde por vezes um novo personagem surge protagoniza uma situação e é sumariamente excluido em questão de segundos. Por mais que Circle se foque em diálogos, muitas vezes a impressão é que falta desenvolvimento. Isso é bem explícito nos primeiros 20 minutos, onde mais de 30 personagens buscam algum protagonismo e menos de um terço deles permanecem nos próximos 10 mnutos. 

    Aproximando-se do terceiro ato a dinâmica muda um pouco, com menos personagens um clima de tensão se instala gerando um nó na garganta do espectador, que pouco a pouco vai se apertando, para só se desnrolar próximo da conclusão final.



    Concluído Circle tenta ser uma mistura de Cubo e 12 Homens e uma Sentença (nunca esperei usar esses dois filmes na mesma frase). E por mais que tenha apenas 1 hora e 20, parece lento em seu primeiro e segundo atos, mas pode surpreender no final, não tanto por sua história, mas por alguns trabalhos pontuais de atuação.






Nota: 6.8


Você não odeia a segunda-feita, você odeia o capitalismo

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Resenha: Power (2020)

Você quis dizer: X-men só que bom



    Depois de tanto tempo parado (por motivos de preguiça maior) resolvi reativar esse decrépito blog com a esperença de que um dia ele possa me render o valor minimo do adsense, para o terror das inimigas e a felicidade de todos os 6  leitores que por ventura se perderam a ponTo de chegarem a ler tão mal-escritas linhas.
   
     As resenhas virão sem a menor peridiocidade, e sem um estilo definido, afinal esse é meu laboratório e ninguém vai ler esse infeliz texto. Agora sem mais delongas, porque tempo é dinheiro, e dinheiro é o que meu sonhado playstation precisa vamos ao o que importa.



    Power é um filme porduzido pela Netflix que vem para mostrar que mesmo depois da conclussão da mega saga da Marvel, o gênero de filmes com super-heróis continua firme e forte (mesmo não tendo propriamente super-heróis no longa). A trama segue três protagonistas: Art um clássico chutador de bundas que atira primeiro e pergunta depois, interpretado magistralmente por Jamie fucking Foxx; Frank (Joseph Gordon-Lewis) um policial antifascista bonzinho que não vê problema em sujar as mãos para fazer o bem para sua cidade; E Robin (Dominique Fishback), também conhecido como melhor personagem do filme com excessão do Rodrigo Mister Hyde Santoro e elemento de ligação de toda história.


    E falando da história...


    A história de Pauerr Power começa com um empresário insecrúpuloso inserindo um novo produto no mercado de drogas ilegais. Produto esse capaz de dar, ou um super-poder aleatório para seu usuário, ou uma colica de matar.  E termina com um gancho possível para uma continuação. 



    A história de power não é o que uma civilização de vacas mutantes do futuro chamaria de algo original e muito menos inovadora. Imagino que nesse ponto você se questione porque assistir esse filme? Porque eu escreveria essa resenha segunda as duas da madrugada? Porque um boca a boca para salvar alguém não é considerado necrofilia? Minha resposta é simples ....

    Não sei, não sou teu pai.   Ação, ação e mais ação de qualidade. Power consegue equilibrar muito bem, e com muita criatividade, os super-poderes com coreografias inteligentes e de maneiras estremamente criveis. Além de dozar bem o carisma natural dos protagonistas conciliando de maneira fluida e natural as três linhas da narrativa no terceiro ato.



    Em conclusão Power cumpre com regalias com o que se propoe e é uma recomendação mais do que bem vinda para os fãs do gênero.

Nota: 7.4







    BEBA ÁGUA

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

#27 - Cine em Cartaz (31/01/2019)


A Sereia - Lago dos Mortos

Sinopse

La Sirena é uma jovem que se afogou séculos atrás e se tornou uma sereia malvada que se apaixona pelo noivo de Marina, Roman. La Sirena insiste em mantê-lo longe de Marina em seu reino da morte debaixo d'água.

Por que assistir?

Longa Russo com uma abordagem própria, utilizando de elementos da cultura e mitologia eslava, para o mito das Sereias






Clímax

Sinopse

Nos anos 90, um grupo de dançarinos urbanos se reúnem em um isolado internato, localizado no coração de uma floresta, para um importante ensaio. Ao fazerem uma última festa de comemoração, eles notam a atmosfera mudando e percebem que foram drogados quando uma estranha loucura toma conta deles. Sem saberem o por quê ou por quem, os jovens mergulham num turbilhão de paranoia e psicose. Enquanto para uns, parece o paraíso, para outros parece uma descida ao inferno.
Por que assistir?

O polêmico diretor Gaspar Noé, mesmo de Irreversível (2002), traz essa semana Clímax, um filme psicodélico, que como em Irreversível promete incomodar os espectadores.






O Menino que Queria ser Rei

Sinopse

Alex (Louis Serkis) é um garoto que enfrenta problemas no colégio, por sempre defender o amigo Bedders (Dean Chaumoo) dos valentões Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris). Um dia, ao fugir da dupla, ele se esconde em um canteiro de obras abandonado. Lá encontra uma espada encravada em uma pedra, da qual retira com grande facilidade. O que Alex não sabia era que a espada era a lendária Excalibur e que, como seu novo portador, precisa agora enfrentar a meia-irmã do rei Arthur, Morgana (Rebecca Ferguson), que está prestes a retomar seu poder. Para tanto, ele conta com a ajuda do mago Merlin (Angus Imrie), transformado em uma versão bem mais jovem.
Por que assistir?

Em O Menino que Queria ser Rei temos uma releitura, a lá Percy Jackson, da clássica lenda inglesa do Rei Arthur e seus cavaleiros.






Vice

Sinopse

Na juventude, Dick Cheney (Christian Bale) se aproximou do Partido Republicano ao ver na política uma grande oportunidade de ascender de vida. Para tanto, se aproxima de Donald Rumsfeld (Steve Carell) e logo se torna seu assessor direto. Com a renúncia do ex-presidente Richard Nixon, os poucos republicanos que não estavam associados ao governo ganham imediata importância e, com isso, tanto Cheney quanto Rumsfeld retornam à esfera de poder do partido. Décadas depois, com a decisão de George W. Bush (Sam Rockwell) em se lançar candidato à presidência, Cheney é cortejado para assumir o posto de vice-presidente. Ele aceita, mas com uma condição: que tenha amplos poderes dentro do governo, caso a chapa formada seja eleita.

Por que assistir?

Um dos filmes mais aguardados e elogiados de janeiro, Vice, conta a história dos bastidores do governo Bush, focado exclusivamente em seu vice, interpretado brilhantemente por Cristian Bale